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Entrevista São Paulo,16 de fevereiro de 2016
ENTREVISTA - José Neto, Barueri: "Nosso objetivo
é tornar o PCCS realidade e tirar projetos da gaveta"

Neto não tem medo de "colocar as mãos na massa" e acompanha de perto obras voltadas para o funcionalismo

Bancário, Guarda Civil Municipal, formado em Direito, História e Tecnologia da Informação, pós-graduado em Direito do Trabalho, Direito Empresarial e Direito Sindical e, atualmente, Professor de Direito na rede municipal de Ensino Técnico. José Raimundo Neto é um dos expoentes do sindicalismo na região. Tranquilo, porém determinado, está transformando o Sindicato de Barueri em um dos mais fortes e representativos do Estado.

Para explicar um pouco mais do trabalho que está sendo desenvolvido, Neto, como é popularmente conhecido, falou com a equipe de comunicação da Agência Grita São Paulo sobre seus planos para o futuro. O dirigente deixou claro que melhorar as condições de trabalho e valorizar o serviço prestado pelo Servidor de Barueri é prioridade para sua liderança.

Então acompanhe a entrevista e saiba quem é e o que pretende o homem que está colocando o trabalhador municipal de Barueri no lugar que sempre mereceu: o de destaque.

Formado em direito, José Raimundo Neto soma
suas experiências para favorecer o setor
público e defender Servidores de Barueri
1) Como foi seu ingresso no serviço público?
Entrei para o serviço municipal em 1995, por meio do concurso da GCM (Guarda Civil Municipal). Antes, havia trabalhado no Banco do Brasil. Na Prefeitura, estudei na FIEB (Fundação Instituto de Educação de Barueri) e depois me graduei em direito, história e tecnologia da informação. Após passar em um concurso público para o cargo de Professor PEB III (gestão com ênfase em direito) e posteriormente passei a lecionar na rede municipal de ensino técnico (no Instituto Tecnológico de Barueri), cargo do qual estou licenciado.

2) E a vida sindical, quando começou?
Desde o início sempre fui muito ativo nas causas relacionadas aos Servidores. Participava das reuniões e defendia a categoria. Com isso, comecei a ser estimado entre os companheiros e, em 1999, ajudei na fundação do Sindicato. Até conseguirmos a Carta Sindical, o que só aconteceu em 2005, nós da diretoria, sofríamos muita perseguição. Mas fomos fortes e continuamos nossa luta e hoje, felizmente tenho certeza de que fizemos a coisa certa.

3) Em todos esses anos de militância pode ressaltar muitas conquistas?

Ficaria aqui horas enumerando todas as conquistas e avanços nos quais fui atuante. Mas uma das principais foi a mudança de regime dos Servidores. Antes, o trabalhador era contratado em regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), mas conseguimos implantar o Regime Único, que atendeu e ainda unificou a todos da categoria. Somente essa medida possibilitou ganhos de mais de R$ 70 milhões para os trabalhadores, por meio do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e possibilitou o fim de injustiças que antes só aconteciam com determinadas áreas ou segmentos do setor público. Foi uma vitória comemorada por anos.

4) Mais algum ganho que queira destacar?
Claro. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que está quase saindo do papel já considero como uma vitória. É uma luta antiga da categoria e que há anos estava engavetada. Em 2015 fizemos diversas reuniões com o prefeito e acredito que em breve ele será votado. Isso sem citar os avanços salariais que conseguimos ao longo dos anos e as conquistas que melhoraram, e muito, a vida do Servidor. Estamos empenhados em retirar este e tantos outros projetos da gaveta.

5) O Sindicato trabalha para ajudar o Servidor a conseguir sua casa própria.
Exatamente. Essa é uma iniciativa inédita no País. Estamos trabalhando em parceria com Prefeitura, Caixa Econômica Federal e Servidores. O projeto irá possibilitar, nesse primeiro momento, que 240 famílias de Servidores públicos municipais tenham acesso à uma residência própria. Embora ainda seja cedo, acredito que os valores ficarão quase 30% abaixo do praticado pelo mercado. Pode parecer pouco, mas para o trabalhador que não tem uma renda elevada isso é muito importante.


Priorizando o diálogo, Neto articula extratégias com diretores e comumente consegue apresentá-las ao prefeito

6) Outras unidades poderão ser construídas no futuro?
Esse é um projeto piloto. Ainda estamos em fase de entendê-lo para aperfeiçoar seus detalhes. Mas já falei com o prefeito e ele me garantiu que assim que terminarmos o processo com esses primeiros 240 apartamentos há possibilidade do projeto continuar. No que depender do nosso Sindicato será retomado em larga e duradoura escala, isso posso garantir.

7) O Servidor de Barueri é participativo na vida sindical?

Não é diferente do trabalhador de todo o País. É exigente e com razão. Principalmente porque se acostumou com um Sindicato representativo e atuante. Atualmente temos cerca de 50% dos Servidores do município sindicalizados. Estamos muito acima da média, já que no Brasil o percentual é de aproximadamente 17%. Acredito que essa grande adesão é reflexo do trabalho sério e responsável que temos realizado ao longo dos anos.

8) E como é a relação do Sindicato com a base?
Muito forte e constante. Trabalho com uma diretoria que conhece as necessidades dos trabalhadores por estar sempre perto deles. Além de percorrermos os locais de trabalho orientando e coletando sugestões dos Servidores, temos canais de comunicação que funcionam. Utilizamos nosso site, boletins e as redes sociais para deixar nossos representados cada vez mais bem informados sobre as ações que tomamos em sua defesa. Tudo isso traz um retorno muito positivo, pois nosso trabalho fica transparente e ganha mais credibilidade.

9) Como são as condições de trabalho do Servidor?
Como em todas as cidades temos problemas, e essas são as principais reivindicações dos trabalhadores. Temos nos empenhado em buscar soluções junto à Administração e conseguimos resolver alguns casos. Aliás, acredito que esse seja o desafio de todo sindicalista do setor público: a luta por condições de trabalho mais justas. Sabemos das dificuldades, mas somente trabalhando, com apoio do Servidor, conseguiremos avançar. Não é fácil. Mas juntos vamos conseguir.

10) E a data base deste ano? A pauta já está pronta?
Faltam pequenos detalhes. A diretoria vai se reunir com mais alguns setores do funcionalismo e acredito que dentro de duas semanas, no máximo, encaminharemos a pauta para a Prefeitura. Sabemos que este ano será muito difícil para negociar. Por causa da crise, a Administração vai alegar dificuldades. Por isso, temos de ser hábeis e estar preparados para driblar os contratempos. Nesse sentido, estamos trabalhando para apresentar uma pauta enxuta e bem direcionada para conseguirmos avançar o máximo possível nas conquistas.


Sempre que possível, o líder busca grupos de debate e formas de se manter antenado aos problemas do setor

11) Nesse momento, ter o apoio da Fesspmesp é importante?
Muito. Somos tratados de maneira muito diferente quando chegamos para o prefeito e falamos que a Federação participará da mesa de negociação, nos auxiliando. Os Administradores sabem da capacidade de mobilização e da força que a Fesspmesp tem no meio sindical, por isso ninguém quer "bater de frente". Além do mais, o trabalho desenvolvido em favor dos Sindicatos filiados é o diferencial. Nos respeitam e nos dão voz, coisa que até então não tínhamos.

12) União e comprometimento são essenciais?
Sempre foi e será - quanto a isso a Fesspmesp tem uma característica muito importante. Apesar de ser uma entidade que cuida dos Sindicatos ela tem o respeito também da base. O trabalhador sabe que todas as suas ações são voltadas para sua defesa. Ou seja, o bom trabalho desenvolvido é reconhecido e admirado pelo Sindicato filiado, pelo trabalhador da base e até mesmo pela Administração, que pode não gostar, mas respeita.

13) Como você definiria a cidade de Barueri?
Uma cidade diferente por suas características. Pouco mais de 200 mil habitantes e cerca de 12 mil Servidores públicos municipais. Esse contingente é responsável por fazer a máquina funcionar e, quando alguma coisa dá errado aparece logo. Por isso, a importância de um Sindicato bem organizado e centrado. Trabalhamos na defesa dos direitos do trabalhador, mas sem querer criar dificuldades. Nosso objetivo é que os trabalhadores sejam valorizados e a cidade continue funcionado de forma adequada para a população.

14) Deixe um recado para o Servidor.
Quero dizer a todos os trabalhadores que devemos manter a esperança. O momento não é dos melhores, mas não podemos nos deixar levar pelas dificuldades. Nesse contexto nós do Sindicato continuamos firmes em busca dos nossos objetivos na defesa dos direitos da categoria e, lembramos a todos os trabalhadores que não medimos esforços para atendê-los bem. Sempre que precisarem podem nos procurar, pois o Sindicato não é da diretoria e sim do Trabalhador. Quanto mais participações tivermos, mais fortes ficamos na defesa dos direitos de todos.

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