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Entrevista |
São Paulo, 26 de abril de 2016 |
ENTREVISTA - Rodrigo Borghetti, de Guaíra:
"Tenham orgulho de servir, companheiros" |
Dedicado e atuante, o dirigente é firme na luta permanente em prol da categoria; não é pelego e é reconhecido! |
Mais uma terça de entrevista na Federação sempre com objetivo de apresentar uma liderança de destaque na luta pelo funcionalismo. Hoje, dia 26, nosso entrevistado é Rodrigo Soares Borghetti, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guaíra (SindServ Guaíra).
Um sindicalista sempre presente na base, junto com o Servidor no dia a dia, não deixa ninguém desamparado. Aprender com o trabalhador é a melhor forma de corrigir erros de gestão e buscar melhorias nas condições de trabalho. Dessa forma, a liderança conduz seu mandato, com apoio incondicional da categoria, lado a lado, e em prol de alcançar a melhor solução.
Rodrigo é casado e pai de dois filhos. Atualmente trabalha no Centro Social Urbano. Formado em Direito, possui amplo conhecimento na questões dos Servidores e usa isso como principal arma para combater os maus administradores.
Nossa equipe de comunicação teve uma boa conversa e as respostas completas do companheiro você confere a seguir:
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Rodrigo Soares Borghetti se destaca pelo comprometimento com o setor público; gestão tem servidor de exemplo no Estado paulista |
1) Como iniciou sua carreira no serviço público?
Iniciei em 1994 prestando concurso para Auxiliar Fiscal. Quatro anos depois, em 1998, prestei outro concurso para Operador de Microcomputador. Acabei sendo um dos melhores colocados e rapidamente fui chamado para exercer a função desde então.
2) Por que a escolha pelo serviço público?
Após trabalhar por um bom tempo no setor privado, decidi atuar no serviço público pela estabilidade e segurança. Mas posso afirmar, sempre tive o desejo em servir o povo. Mesmo considerando questões pessoais, como melhores salários na iniciativa privada, o maior motivo da escolha é o prazer em ajudar.
3) Quando e como iniciou a atuação no Sindicato?
Comecei como suplente de diretoria, porque sempre frequentava a sede. Porém, esse título não condizia com minha atuação, pois era muito participativo. Isso me levou, tempos depois, a assumir o posto de vice-presidência do Sindicato. Agora, como presidente eleito, exijo essa participação dos cargos atuais. Assim como eu sou atuante, todos os dirigentes devem ser.
4) A ideia de presidência surgiu em que momento?
A má gestão do meu antecessor fez com que ele pedisse afastamento. Então assumi o cargo até o fim do mandato. Na eleição seguinte, fui reeleito com respaldo total, já que havia feito um bom trabalho para os trabalhadores. Foi uma felicidade muito grande.
5) Como estava a situação do Sindicato e como fez para resolver?
A maior dificuldade era financeira. Não por falta de recursos, mas sim pelo mau uso do dinheiro. Haviam cheques sem fundo em nome do Sindicato, dívidas com agiotas, além de contas pessoais e familiares do antigo gestor lançadas para o Sindicato. A sede era alugada e tínhamos dificuldade para pagar o aluguel. Convocamos então toda a diretoria para resolver essa crise. Com o apoio dos Servidores revertemos todo este cenário de dívidas em uma administração estável. |
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O dirigente, além de realizar tarefas burocráticas inerentes a sua função, não abre mão de visitar os Servidores |
6) Quais as principais conquistas do seu mandato?
Em meio aos diversos problemas, destaco nossa sede própria, um fato inédito, pois sempre estivemos em locais alugados ou em salas liberadas pelo prefeito, desde a fundação em 1989, quando ainda eramos apenas uma Associação. Agora, contamos com um prédio confortável.
Os sócios contam com dois advogados para causas trabalhistas e sem nenhum custo, além de uma boa assessoria contábil. Entretanto, a maior de todas as conquistas é a confiança do funcionalismo. Agora todos sabem: existe uma entidade que bate de frente com a Prefeitura e não atura descaso.
7) Como é a relação com a Prefeitura?
Possuímos uma relação de respeito, mas existe um impasse do atual prefeito que não recebe o Sindicato com facilidade. Normalmente a Administração foge de negociações com nossa diretoria, exatamente por estarmos no mesmo nível ou até melhores em questões estratégicas. Já que não conseguem lidar conosco de igual pra igual, preferem se esquivar o que acaba sendo uma relação não muito favorável para resolver situações urgentes.
8) Como foi a Campanha Salarial deste ano?
Foi duríssima. Uma promessa feita pelo prefeito de 10% de ganho real durante os quatro anos, não foi cumprida até o momento. Mobilizamos toda a categoria para manifestações em frente à Prefeitura e reunimos cerca de 250 Servidores para lutar por uma proposta digna. Bradamos por essa promessa, provamos com documentos as condições financeiras do município e fomos recebidos.
Por fim, ficou decidido o índice de 13% no reajuste. Não foi o cumprimento da promessa, mas pelas condições financeiras nacionais, o Servidor não ficou no prejuízo. Temos uma cidade com índice de arrecadação enorme, pois a cidade possui três usinas, alta arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMs) e vários repasses federais. Então exigimos um salário conforme o trabalho realizado, e em Guaíra o funcionalismo faz um excelente trabalho. |
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Engajado na luta por um funcionalismo mais fortalecido, além de associado é um grande parceiro da Federação |
9) Qual a principal meta até o final de 2016?
Após conceder o reajuste, o prefeito contratou uma empresa que protocolou um laudo sem comparecer ao município. Com isso, o adicional de insalubridade de todos os companheiros da Coleta, funcionários da Limpeza, de Dedetização, entre outros foram tirados. Já contratamos uma empresa para contestar isso e devolver os benefícios para os trabalhadores.
Além disso, queremos fundar uma Área de Lazer para o Servidor poder contar com um espaço para ele e sua família se divertir. Ainda este ano queremos adquirir o terreno e iniciar a construção.
10) Como foi a filiação com a Fesspmesp?
Foi quando conhecemos o presidente Aires. Ele e sua equipe nos mostraram o caminho correto a seguir. Com esse apoio, conseguimos regularizar a entidade com o registro no Ministério do Trabalho. Conquistamos a Certidão Sindical e através dela ficamos com total autonomia para ajudar o Servidor em qualquer situação. Desde então, buscamos mais filiados para a Federação a fim de fortalecer este trabalho em favor do funcionalismo e ajudar todos os setores do serviço público.
11) Qual importância da Federação para o Sindicato?
Com certeza é o apoio. Contamos não só com ela, mas também com a Confederação (CSPM) e a Central Pública. Todas essas entidades, em conjunto, vêm fortalecendo o nosso trabalho, sempre com visitas periódicas de dirigentes e assessoria especializada. Isso fora a representatividade nacional da CSPM que nos dá segurança para não temer nenhuma injustiça contra o Servidor.
12) Deixe uma mensagem para os companheiros
Quero dizer, não só ao funcionalismo de Guaíra, mas de todo o Brasil: tenham orgulho de ser Servidores! Sem nossos serviços a cidade se torna um caos. Sem Professores na sala de aula, sem Coletores nas ruas, sem Agentes de Saúde nos hospitais, o município para e vira uma bagunça.
Saibam que nosso papel é importantíssimo para a população e não se envergonhem disso. Digo mais, peço o apoio de todos para o Sindicato, porque na hora da briga estamos ao seu lado, combatendo as más práticas e continuamos na luta sempre em defesa dos seus direitos.
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Nosso tesoureiro Cláudio Aparecido (Ted) com o presidente Rodrigo Borghetti: juntos por um funcionalismo forte |
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