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Entrevista São Paulo, 21 de junho de 2016
ENTREVISTA - Elisângela Lima, de Suzano:
"A militância sempre fez parte da minha vida"

Ao lado do presidente do Sindicato de Suzano, o Ted, Elisângela luta em prol da categoria através da Fesspmesp

Elisângela Lima de Araújo é uma liderança engajada. Conhecida por ajudar a todos que precisam, com grande formação e de forte presença junto à categoria. Essas são as principais características da nossa entrevistada de hoje, dia 21 de junho. Ela integra a secretaria da mulher no Sindicato dos Servidores Municipais de Suzano, onde desempenha com louvor as atribuições recebidas.

Além de uma excelente profissional, a dirigente é casada e mãe de quatro filhos. São eles: Carlos, Eric Vinicius, Ana Júlia e Maria Clara. Com uma trajetória de determinação, ela se desdobra e consegue conciliar a família com a carreira de professora e sindicalista, ambas com muita maestria em todas as áreas. Sempre com projetos inovadores, a fim de proporcionar o bem-estar da mulher no funcionalismo e de toda categoria, a dirigente marca sua parte na história da entidade.

SAIBA MAIS SOBRE A JORNADA DA COMPANHEIRA A SEGUIR.

Elisângela é Professora na rede de Ensino
e responsável pela secretaria da mulher do Sindicato dos Servidores de Suzano
1) Nos conte um pouco sobre sua trajetória.
Sempre gostei de estar à frente dos projetos e atuar como Professora. Lembro-me quando estava na quinta série. Era uma pessoa politizada e adorava participar do grêmio estudantil e meu programa favorito era "A Voz do Brasil". Com uma adolescência de compromissos em minha casa, comecei a trabalhar cedo. Aos 14 anos tinha autorização judicial para trabalhar à noite, onde ingressei no projeto CEFAM (Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério) e segui firme nessa carreira com apoio da minha família e amigos. Ou seja, a militância sempre fez parte da minha vida acadêmica e pessoal.

2) Como é a vida do dirigente sindical na ativa?
É completamente corrida, ainda mais para a mulher que se divide em dez para conseguir fazer tudo ao mesmo tempo. Eu, por exemplo, além de ser mãe e Professora no município de Mogi das Cruzes, atuo no Sindicato ouvindo Servidores e tentando resolver seus problemas da melhor forma. É uma caminhada desgastante todos os dias, mas que tenho orgulho de realizar. Minha satisfação é fazer o melhor em prol dos Servidores.

3) Por que escolheu a carreira pública?
Sempre corri atrás das oportunidades em minha vida. Após sair do CEFAM, logo consegui contrato na Prefeitura de Suzano, onde trabalhei alguns anos atuando em escolas particulares, rurais e de comunidades quilombolas, até que decidi ter maior estabilidade financeira e resolvi servir ao município. Foi então que me inscrevi e passei no concurso.

4) Como foi sua preparação profissional?
Foi um processo longo, porém gratificante. Primeiramente, me formei pelo magistério no CEFAM. Após esses quatro anos ingressei no Curso de Letras na UMC (Universidade Mogi das Cruzes). Logo depois realizei nova graduação pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) em Pedagogia, onde tive excelentes professores como Mário Sérgio Cortela e muitos outros. Posteriormente, uma pós-graduação pela USP-SP (Universidade de São Paulo) no curso de Ética, Valores e Saúde na Escola. Por último, outra pós em Gestão Educacional pela UMC. Toda essa preparação me trouxe grande experiência na profissão e muita bagagem para minha carreira.


"Tenho a certeza de deixar um legado importante. Não posso ficar nunca de braços cruzados", afirma Elisângela

5) Quais desafios enfrentou como Professora? Se sim, conseguiu superá-los?
Foi na época da criação do Plano Municipal de Educação, o qual estava sendo elaborado pelo Sindicato em conjunto com os Servidores e também com representantes da Administração. Tudo estava ocorrendo muito bem até que o projeto chegou ao prefeito para a aprovação e ele decidiu descartar tudo que construímos e inserir um novo modelo de última hora, sem a nossa participação. A indignação da categoria foi total. Não bastasse isso, já estávamos há tempos sem aumento salarial. Então realizamos a maior greve do município onde fui uma das idealizadoras.

6) Como entrou na militância sindical?
Tempos depois do movimento paredista, foram realizadas algumas mesas de negociação com a Administração. Nesse momento, eu fui convidada para participar, com os representantes do Sindicato nessas negociações. Foi uma honra fazer parte da luta por meus companheiros de trabalho. Todo meu esforço foi reconhecido através do convite que veio a seguir nas eleições do Sindicato. Aceitei a participação na chapa vencedora, sendo eleita como parte da diretoria, na secretaria da mulher.

7) Conte sobre seu trabalho à frente da pasta da mulher.
Atuo em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, onde promovemos diversas ações em favor do bem-estar e saúde da mulher, como programas de combate ao assédio e violência. Estamos planejando um evento pelos dez anos da Lei Maria da Penha. A aprovação no município é grande, mas vamos continuar ampliando nosso projeto para que esse crescimento não pare. Vamos conscientizar a população de que os direitos da mulher são importantes.


Lecionar é sua paixão. "Não trocaria essa função por nada. Sou sindicalista para ajudar mais os companheiros"

8) O que é necessário para ser um dirigente sindical?
Comprometimento com o cargo e compromisso com os Servidores. É preciso ter um ideal de luta para obter conquistas em prol do funcionalismo e dignidade para lutar pela categoria. Acima de tudo é estar com a consciência tranquila ao dormir, sabendo que o trabalho realizado foi o melhor possível. É preciso ser tolerante, pois nem todos reconhecem o esforço e muitos abrem a boca para criticar sem conhecer a verdade. No entanto, a sinceridade do dirigente dará resultado.

9) Deixe uma mensagem para o Servidor de Suzano.
Companheiros saibam que a diretoria sempre está ao seu lado. Tenham fé e procurem a unidade nos movimentos e ações para que Sindicato e associados sigam o mesmo rumo em busca de conquistas. O processo é lento, pois vivemos dias difíceis na política nacional. Portanto, estejam atentos aos acontecimentos que possam mudar o cenário do sindicalismo e contem com nossa entidade sempre que precisar. Um forte abraço a todos e vamos em frente!

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