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Entrevista São Paulo, 18 de outubro de 2016
ENTREVISTA - Ana Martha Novaes, de Louveira:
"Aprendi cedo a trabalhar pela coletividade"

Diretores Eli, Ana e Shirley planejam, na sede da entidade, ações eficientes em prol dos Servidores de Louveira

A entrevistada da semana é uma Servidora batalhadora e atual presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Louveira (Sindlouv): é a companheira Ana Martha Novaes. A dirigente, apesar de todas as dificuldades, tem buscado melhorar as condições de trabalho dos Servidores do município e conscientizar o funcionalismo da importância de se filiar à entidade.

De uma família de dez filhos, Ana é a sexta filha e ajudou a cuidar dos quatro irmãos mais novos. Ela garante que foi nessa fase que aprendeu a respeitar as diferenças, a repartir e trabalhar pelo coletivo, a desenvolver a vontade de lutar pelo outro, defender pessoas e esclarecer direitos.

LEIA O BATE-PAPO NA ÍNTEGRA LOGO ABAIXO. ESTÁ IMPERDÍVEL:

Ana Martha é presidente do SIndicato dos Servidores Municipais de Louveira. Ela se
destaca pela dedicação total ao funcionalismo
1 - Em que trabalhou antes de ser Servidora?
Comecei a trabalhar ainda criança. Ajudava meus pais na plantação de uva, produção típica de nossa região. Em época de colheita, acordávamos de madrugada, porque a melhor uva é aquela colhida cedinho, ainda molhada do frescor da madrugada. Tempos bons!

Era muito bom colher. Sempre estudei, mesmo trabalhando para ajudar em casa. Com o passar dos anos, fui trabalhar fora e iniciei em um frigorífico, depois supermercado, escritório e loja de roupas. Deste último emprego mantenho boas amizades até os dias atuais.

2 - Em que momento entrou na carreira pública?
Depois da loja, entrei na Prefeitura, onde já estou há 25 anos. Comecei na Secretaria de Cultura, fui transferida para a Divisão de Trânsito, uma área que nasceu na minha mão, pois pertencia ao Governo do Estado e quando foi para o âmbito municipal fiquei responsável. Não tínhamos nada, muito menos cadeira. O computador que eu usava era o meu pessoal. Mas com empenho fiz nascer essa divisão, estruturei e organizei.

Em 2013 me transferiram para o Departamento de Água e Esgoto, fiquei lá por um ano. Porém, novamente, enfrentei dificuldades estruturais para trabalhar dignamente. Até bebedouro faltava. O único que tinha era para 50 pessoas, um absurdo. Fiz todas as requisições, consegui o que era preciso e até hoje o pessoal deste departamento me agradece. Após isso, fui transferida para o Fórum de Louveira, onde ainda estou à espera da minha aposentadoria, que já entrei com o pedido e aguardo ansiosa. Gostaria muito de me dedicar exclusivamente ao Sindicato.

3 - Quando iniciou a sua história com o sindicalismo?

Quando estava no Departamento de Trânsito, notava que as pessoas ficavam doentes. Era muito estressante. Alguns trabalhavam tristes, passavam a ter depressão e infelizmente até câncer. Em decorrência disto vi muitas pessoas morrerem. O trabalho não poderia ser assim, não aceitava isso. Começei a reparar nas perseguições e percebia que a cada mudança de gestão da Prefeitura a situação não mudava. Até colocavam pessoas para nos vigiar. Cheguei a ficar no Departamento de Divisão de Trânsito seis meses sem direito a água e sem computador. Isso não era justo! Então, comecei a exigir direitos, pedir materiais que nos faltavam, solicitar convênio e enfrentar situações como abuso de autoridade de chefe. Foi ali que percebi que se ficássemos quietos diante dessa situação os superiores continuariam a nos pisar. Merecíamos e merecemos respeito!


Servidores, dirigentes de Louveira e lideranças da Fesspmesp durante ato debaixo de chuva em prol do setor

4 - Diante dessas situações como entrou no Sindicato de Louveira?
Em 2013, indignada com a situação que vivíamos, comecei a pesquisar sobre o Sindicato. Constatei que a entidade só tinha nome registrado e ainda era junto com uma associação. Foi neste momento que conheci nosso presidente Aires, que nos ajudou no processo de oficializar a instituição. O Aires ainda nos deu a direção e contribuiu com a documentação para registro em cartório.

5 - Enfrentou muitas dificuldades desde que assumiu o Sindlouv?

No início não tínhamos nada. O Sindicato só funcionava no papel desde 2009, mas não existia. Em 2014, quando fui atrás de regularizar a situação e saber o que podíamos fazer, aí sim começamos os trabalhos. Fomos até a Câmara Municipal, fizemos reuniões e quando tentaram impedir a atuação da entidade realizamos uma manifestação até debaixo de chuva, com o total apoio da Fesspmesp. Ainda não nos liberaram do trabalho porque aqui em Louveira tudo é muito demorado, temos que colocar um tijolo de cada vez para formar uma base forte. Mas estamos no caminho certo.

6 - Cite alguns avanços e conquistas nos últimos anos.
O Sindicato nasceu da minha revolta pelo que sofríamos. Ao me engajar na luta e deixar claro aos colegas que não buscava benefício próprio, mas o direito de todos, aos poucos vamos conquistando mais companheiros para a luta. Hoje temos como associados, funcionários de quase todas as Secretarias. Nosso advogado também já atende, inclusive já impetramos causas trabalhistas.


Dirigentes do Sindicato de Louveira com o assessor Araken, da nossa Federação, em reunião de planejamento

7 - Como você avalia o trabalho da Fesspmesp?
Desde que conheci a Federação dos Servidores e o presidente Aires Ribeiro, que nos ajudou muito com a formação de nosso Sindicato e ainda coopera demais, só tenho a agradecer o apoio e ressaltar minha admiração no trabalho da entidade. Nossa meta como dirigente sindical é lutar não apenas pelas causas de Louveira, mas de âmbito nacional. Estamos juntos na batalha!

8 - Deixe uma mensagem para o funcionalismo de Louveira
Quero deixar claro que sempre lutei pelos direitos de todos, nunca em benefício próprio. Se vejo alguém sofrer no trabalho já quero esclarecer os seus direitos. Faço o que aprendi desde cedo na vida, que devemos trabalhar pelo coletivo. Convido a todos os funcionários públicos a se filiarem e nos apoiar, pois vamos atuar para reivindicar os direitos de todos os Servidores. Quero que o funcionalismo em geral se reúna nesta luta para juntos vencermos. Conte sempre conosco!

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Ana Martha na linha de frente da luta pelo reconhecimento do Sindicato de Louveira; presidente Aires presente!

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