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Entrevista |
São Paulo, 29 de novembro de 2016 |
ENTREVISTA - Eli Bueno Rodrigues, de Louveira:
"Servidor, filie-se ao Sindicato e fortaleça nossa luta" |
| Eli desempenha um excelente trabalho como tesoureiro do recém-criado Sindicato dos Servidores de Louveira |
Esta semana o quadro de entrevista da Federação conta com um dirigente com grande experiência profissional, com sede de justiça para os funcionários públicos e sempre combativo quando o assunto é funcionalismo. Estamos falando de Eli Bueno Rodrigues. O companheiro é o 1º tesoureiro do Sindicato dos Servidores Públicos de Louveira (SindLouv) desde 2014, ano em que assumiu.
Eli é formado como mecânico de automóveis pelo SENAI e também como técnico em desenhos de engenharia mecânica. Atualmente, cursa o 1º ano do ensino superior em gestão pública. Casado e pai de dois filhos, o Vitor de 22 anos e o Lucas de 20, o dirigente concilia sua militância sindical com os estudos e a família. Conheça mais da carreira do companheiro a seguir.
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Eli Bueno Rodrigues
é tesoureiro do Sindicato
dos Servidores Públicos de Louveira. Casado
e pai de dois filhos, concilia trabalho e família |
1) Como iniciou sua vida profissional?
Logo aos 14 anos de idade, eu já havia iniciado o curso de mecânico no SENAI. Com isso, uma concessionária da Volkswagen me ofereceu um cargo de aprendiz. Não pensei duas vezes e ingressei na empresa. Foi um momento muito bacana, pois consegui exercer na prática tudo o que aprendia no curso. Dessa forma, eu trabalhava no período de férias escolar e auxiliava as despesas de casa com esse emprego.
2) Como foi sua trajetória profissional depois desse período? Conte um pouco sobre isso.
Minha principal atividade profissional foi sempre como mecânico. Por duas vezes já trabalhei montando oficina própria, mas na maioria foi como empregado. Já fui encarregado de limpeza durante a noite em uma empresa que prestava serviços para a CPTM. em Osasco, e, durante o dia, fazia meus bicos como mecânico. Em 2008, já como Servidor, concluí o curso de Técnico em Desenhos de Projetos em Engenharia Mecânica, o que me deu a oportunidade de conseguir trabalhos como desenhista "free lancer". Também fui instrutor no Senai de Jundiaí ministrando aulas nos cursos de mecânica automotiva por dois anos e meio, paralelamente ao trabalho de Servidor.
3) O que o motivou a se tornar Servidor? Conte como foi essa transição?
Foi a tão sonhada estabilidade de emprego. Muitas vezes trabalhava ganhando por comissão como empregado e quando a procura de serviços diminuía, automaticamente, meu salário também caía gerando instabilidade no meu orçamento. Percebi que me tornando Servidor isso dificilmente poderia acontecer. Foi quando em 2004 vi a oportunidade de participar do concurso público de Louveira, com duas vagas para mecânico de automóveis. Mesmo estando empregado em uma oficina mecânica em Vinhedo, mas sem registro em Carteira, me inscrevi no concurso e passei em primeiro lugar. Não tive muito tempo para estudar para o concurso, mas minha ótima formação do Senai fez toda diferença permitindo eu ir muito bem na prova. Desde então, dedico minha vida ao funcionalismo.
4) Em que ano assumiu e como era a situação do funcionalismo na época?
Assumi meu cargo em 27 de dezembro de 2004. Foi o melhor presente de Natal que já tive. Percebi que estava no meio de um processo de transição em que eu fazia parte de uma nova turma de Servidores concursados no meio de trabalhadores mais antigos, que foram contratados sem concurso e eram geridos pela CLT. Em 1998, os Servidores de Louveira deixaram de ser regidos pelo regime da CLT e passaram a ser regidos por um estatuto próprio. Vi que ainda em 2004 havia muitas dúvidas sobre as regras da CLT e as novas do estatuto próprio, principalmente sobre aposentadoria. |
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| O funcionalismo de Louveira é bem representado pelo dirigente que não mede esforços na defesa do Servidor |
5) Quais os principais desafios que enfrentou como Servidor?
Foram vários e alguns deles ainda enfrento nos dias de hoje. Em 2005, o prefeito que assumiu entrou com uma ação na Justiça pedindo a anulação do concurso em que eu entrei, pedindo também exoneração de todas as pessoas que foram admitidas alegando que alguns conseguiram passar na prova de uma maneira fraudulenta. Esse processo corre na Justiça até hoje. Outro desafio que continuo enfrentando é como lidar com chefes que são nomeados em cargo comissionado e sem conhecimento nenhum na área que vão atuar. Enquanto é exigido do candidato ao cargo efetivo passar por uma prova e ser aprovado com a devida comprovação de formação e experiência para poder assumir o cargo, para quem comanda um departamento como comissionado nada é exigido.
6) Como começou a se envolver com as atividades relacionadas ao sindicalismo?
Comecei a me envolver com o sindicalismo em 2010 quando um grupo de colegas de trabalho me convidou para participar da fundação do Sindicato em Louveira, pois não havia ainda uma entidade que representasse verdadeiramente o funcionalismo na cidade. Entrei na formação da diretoria como membro suplente na época. Após a criação, permaneci na militância apoiando meus companheiros.
7) Quando e como iniciou sua participação e militância pela entidade?
Efetivamente, minha participação e militância no Sindicato começou em 2014 quando fui convidado pela nossa atual presidente Ana Martha a fazer parte da nova chapa que iria concorrer às eleições por uma nova diretoria. Na ocasião, aceitei o convite para fazer parte da chapa como primeiro tesoureiro da entidade e no pleito nossa chapa foi eleita. Fico feliz em fazer parte desta diretoria, até porque permaneci firme na luta pelos Servidores, não mais como suplente, mas agora tesoureiro.
8) Qual era a situação da entidade quando assumiu o mandato?
Na época em que a nova diretoria assumiu, a entidade estava desestruturada, sem um local próprio para trabalhar e sem os meios adequados para receber a contribuição sindical da categoria. Nesse momento, o presidente da Fesspmesp, Aires Ribeiro, em acordo com o Sindicato dos Químicos de Louveira, conquistou uma sala para podermos iniciar os trabalhos oficiais como Sindicato. Além disso, Aires também nos ofereceu um computador para agilizar as demandas do cotidiano. |
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| Braço direito da presidente Ana Martha, Eli trabalha com disposição em prol do desenvolvimento do setor público |
9) Quais os principais desafios e conquistas do Sindicato?
São muitos, mais aqui em Louveira o principal desafio é conscientizar o Servidor a se filiar ao Sindicato para fortalecer a entidade na luta e defesa do serviço público de Louveira. Sobre as conquistas, este ano conseguimos alugar um espaço próprio para nossa sede com o apoio da FESSPMESP. Agora, estamos estruturando tudo da melhor forma possível e já temos algumas ações na Justiça com resultado positivo pela atuação do advogado Dr. Everson, que tem dado assessoria jurídica aos Servidores que nos procuram, principalmente reclamando do cerceamento de direitos.
10) Como conheceu a Fesspmesp e como avalia os trabalhos da Federação?
Conheci a FESSPMESP através de nossa presidente Ana Martha, que nos apresentou o presidente Aires. Ele nos deu todo suporte para a realização da assembleia de eleição, formalização do estatuto, registro em cartório e demais providências. Avalio a atuação da Fesspmesp e do senhor Aires de uma maneira muito positiva. Sempre que precisamos de algum tipo de apoio sobre qualquer assunto, fomos atendidos prontamente pelos membros da diretoria da Federação.
11) Deixe uma palavra para o Servidor de Louveira.
Companheiros, filiem-se ao Sindicato para fortalecer a nossa luta. Somos uma entidade séria e engajada nos avanços do setor público. Contudo, só conseguiremos vencer as batalhas com a união dos servidores, pois a categoria faz o Sindicato. Estamos à disposição de todos que necessitem de qualquer apoio. Vamos, juntos, formar um funcionalismo reconhecido pela força aqui em Louveira.
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| Dirigente Eli Bueno ao lado de lideranças do SindLouv durante importante reunião com dirigentes da Fesspmesp |
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