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Entrevista São Paulo, 6 de junho de 2017
ENTREVISTA - Mercedes Lopes Batista, de Osasco: "Sonho com um Brasil mais justo e igualitário"

Mercedes Lopes concede entrevista para a Fesspmesp durante o Ocupa Brasília e se emociona com experiência

Mercedes Lopes Batista é diretora da Pasta de Lazer do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos Municipais de Osasco e Cotia - Sintrasp - e nossa entrevistada de hoje. Aos 62 anos de idade, ela acumula inúmeras experiências de vida e militância política e sindical. De pulso firme,
mas sempre cativante, é querida na base e respeitada entre os demais dirigentes da entidade.

Sempre participativa e atuante, ela também esteve, no dia 24 de maio, em Brasília, junto com cerca de 150 mil pessoas, para participar do #OcupaBrasilia, mobilização organizada pelas principais Centrais Sindicais contra as reformas retrógradas do Governo Michel Temer. Conversamos um
pouco com a companheira para conhecer mais sobre essa e outras experiências de vida sindical.

CONFIRA ENTREVISTA NA ÍNTEGRA!


Mercedes Lopes Batista é um ícone de força, perseverança e fibra do funcionalismo de Osasco, onde atua como diretora do Sintrasp
1) Como iniciou sua militância sindical e quais as principais perspectivas?
Minhas atividades sindicais iniciaram de fato em 2009. Na prática, junto com outros companheiros, que atualmente também compõem a diretoria, iniciamos um trabalho na Associação dos Servidores Públicos de Osasco (ASSO), em 2004. Foi um período histórico
para a categoria, pois foi a primeira vez que levamos os Servidores às ruas, para lutar pelos seus direitos.
O objetivo, sem dúvida, era de conquistar melhores benefícios e um aumento salarial necessário.

2) E o que conquistaram nesse período?
Enquanto ASSO, conquistamos um aumento significante de salário, já que há quase 12 anos não tínhamos nenhum reajuste. Além disso, alcançamos a transformação da cesta básica de alimentos em cartão eletrônico e a redução da carga horária da Enfermagem, que passou de 40 para 30 horas semanais. Neste momento, saímos fortalecidos e iniciamos um diálogo com o Sindicato para melhorias.

3) Após estabelecida essa unidade, quais foram as principais lutas em prol dos Servidores?
A briga por melhorias continuaram, ou melhor, foram intensificadas e permanecem até hoje. Desde que recebi o afastamento para atuar no Sindicato me comprometi a fazer um trabalho sério e diferenciado, como tudo o que faço em minha vida pessoal. Nossa atuação contempla todas as áreas e por isso trabalhamos para organizar as atividades e contribuir com ganhos concretos para a categoria. Foram inúmeras lutas nesta caminhada e mais virão.

4) Na sua opinião já se nasce um militante ou se forma?
Acredito piamente que já se nasce um militante e que isso está na veia da pessoa. Eu, por exemplo, sempre tive muita iniciativa e nunca fui conformada com injustiças. Sempre tomei à frente em defesa dos menos favorecidos. Comecei aflorando essa missão no grêmio estudantil, em que buscávamos mais direitos para os alunos e espaço para realizar atividades esportivas, gincanas, festas, etc.


Presença garantida nas ações em prol do funcionalismo de Osasco, Mercedes zela por servir os trabalhadores

5) Qual sua avaliação sobre a atual conjuntura política do País?
Desde muito tempo os políticos se aperfeiçoam na corrupção. Em contrapartida, os brasileiros fizeram vista grossa para isso, também por muitos anos. No entanto, o acesso à informação teve papel fundamental na revelação das disparidades sociais e escândalos. Acredito que o combate à corrupção está apenas iniciando. É um momento de transformação, mas tem muita água pra rolar.

6) Qual o papel das entidades sociais e sindicais nesse contexto?
O principal papel é esclarecer à população a gravidade dos fatos e conscientizar da necessidade de todos unirem forças e combater esses maus representantes. Inclusive, ir às ruas revela que as instituições estão fazendo um bom trabalho, mesmo diante da truculência do governo em tentar desmobilizar as manifestações, além de propagandas enganosas veiculadas na grande mídia.

7) Você esteve no #OcupaBrasília. O que essa mobilização representa?
Essa manifestação foi uma iniciativa muito expressiva e deixou os parlamentares preocupados com a organização e coragem dos trabalhadores. Desrespeitosamente, jogaram bombas em nós, mas não nos intimidamos e ficamos até o final do ato. Me senti útil e patriota em participar deste momento tão importante de enfrentamento. Certamente esse ato vai entrar para os livros de história brasileira.


Há quase 20 anos a dirigente trabalha diariamente em favor da permanência e ganhos de direitos da categoria

8) O que espera dos desdobramentos das investigações contra políticos denunciados?
Espero que consigam provas concretas e todos sejam punidos pelos danos causados ao povo. Também espero total imparcialidade da Justiça para fazer seu papel, acredito ser um anseio de todas as pessoas honestas que estão acompanhando. E que não pare por aí! Continue investigando todos os citados nas delações e os obriguem a devolver todos os altos valores roubados, só assim servirá de exemplo para que acabe o incentivo à impunidade e novos golpes sejam evitados dentro do País.

9) Quais lições esse momento de reorganização do País traz ao brasileiro?
Um dos principais legados desse momento é a conscientização sobre como votar corretamente. Além disso, é preciso por fim à política do "rouba mas faz", porque quando qualquer valor é desviado, toda a população sofre com a ruína dos serviços. Sobretudo, esses valores podem ser investidos nas principais plataformas do Governo, como, por exemplo, investimentos na saúde, educação, etc.

10) Que modelo de País sonha em deixar para os seus descendentes?
Sonho com um Brasil mais justo e igualitário, em que não exista machismo, preconceito, diferenças de classe, gênero e que seja extinta a violência doméstica contra a mulher. Um País feito por governantes honestos e comprometidos com a lei e a população. Se um dia conquistarmos esses avanços, o restante será apenas complemento. Espero que meus netos possam ter um país assim.

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A sindicalista sonha com um País melhor e acredita ser possível conseguir isso com muita luta e engajamento

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