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Entrevista |
São Paulo, 25 de julho de 2017 |
ENTREVISTA - José Clóvis Zambito, de Cândido
Mota: "A luta por melhorias concretas continua!" |
| José Clóvis Zambito é um dirigente ativo e bem conhecido no meio sindical da cidade de Cândido Mota e região |
Mais um dirigente sindical concedeu uma entrevista para a nossa equipe de comunicação e conta um pouco de sua história de vida e carreira em uma breve conversa. Vamos saber mais da trajetória de José Clóvis Zambito, presidente do Sintrasp CM (Sindicato dos Servidores Públicos de Cândido Mota).
O dirigente está no meio sindical há 25 anos trabalhando em prol do funcionalismo.
Casado com
Maria Aparecida e pai de duas filhas, Meire Cristina e Cristiana Aparecida, é formado em história
pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e preza pelo bem do Servidor que representa.
O companheiro luta, desde cedo, pelo direito dos trabalhadores. Vale a pena conferir a entrevista!
CONHEÇA A GARRA DE NOSSO ENTREVISTADO JOSÉ CLÓVIS, AGORA:
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José Clóvis Zambito é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos
de Cândido Mota e
atua no meio sindical há mais de 25 anos |
1) Como concilia a carreira sindical com a família?
É uma tarefa difícil. Como representante de uma categoria tão grande como a dos Servidores públicos, muitas vezes deixamos a família para nos dedicar aos trabalhos e ações do Sindicato em prol da categoria. Mas a minha esposa me apoia integralmente. Tento compensar dando o máximo de atenção para ela e as minhas duas filhas nos fins de semana de folga.
2) Nos conte um pouco sobre suas origens.
Sou natural de Palmeira dos Índios, em Alagoas, onde minha mãe também nasceu. No entanto, meu pai é natural da cidade de Sicília, localizada na Itália, ele veio para o Brasil bem jovem. Com dois anos de idade meus pais se mudaram para São Paulo. Na época nós não tínhamos condições financeiras suficientes pra pagar um transporte adequado, graças a isso migramos de forma ilegal em um pau de arara. No ano de 1960, chegamos em Cândido Mota, lugar em que meus pais se estabilizaram e encontraram um bom emprego.
3) Quais profissões teve antes do funcionalismo?
Comecei a trabalhar muito jovem, com dez anos de idade. Comecei como engraxate e carregador de malas nas estações de trens na região em que eu morava. Quando entrei na adolescência, comecei a exercer a função de boia-fria (trabalhador rural) numa fábrica de bebidas. Ao me casar, em 1979, fui morar na cidade de Sorocaba, onde consegui um emprego de metalúrgico.
4) O que o motivou a se tornar Servidor? Quando e como foi?
Fiquei exausto ao ser demitido por justa causa na empresa em que trabalhei por seis anos, apenas porque decidi lutar pelos meus direitos. Não conseguia mais arrumar emprego em nenhum lugar e comecei a trabalhar no Baú da Felicidade nas ruas de Sorocaba. Cada dia que passava ficava mais frustrado por não conseguir uma renda fixa para manter minha família. Foi então que tomei a atitude de voltar para o município de Cândido Mota. Consegui me manter por um tempo trabalhando em indústrias de álcool. Em 1989, surgiu a oportunidade de um concurso público, o qual passei com muito esforço.
5) Ao assumir, qual foi sua percepção na prática do funcionalismo?
Quando assumi o cargo de funcionário público, identifiquei que o Poder Executivo não respeitava os direitos dos trabalhadores. Era muito difícil conseguir retorno da Administração quando precisávamos. Aos poucos percebi que nossos direitos estavam sendo engavetados e que ninguém consultava
os funcionários públicos antes de tomar uma atitude que acabava afetando toda a categoria.
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| Companheiro é ativo na vida do Sindicato e garante ampliação do conhecimento através de diversas formações |
6) Como iniciou sua trajetória no Sindicato?
Adquiri consciência sindical quando ainda trabalhava em Sorocaba através de conversas entre
alguns funcionários da Prefeitura de Cândido Mota que eram contra o sistema. Começamos a pensar em desenvolver um Sindicato forte para defender os direitos da categoria. Na época havia uma entidade pequena que tratava apenas de convênios. Me filiei a essa associação e fiz de tudo para torná-la mais resistente. Em fevereiro de 1992, finalmente conseguimos transformá-la em Sindicato.
7) Como se tornou dirigente no Sindicato? Como foi o processo?
Desde que começou a ideia de transformar a associação em Sindicato meu nome estava envolvido em todas as ações. Quando o Sindicato tomou forma, fui o mais indicado para liderar a entidade por bater de frente com o sistema. Além disso, eu nunca aceitei nada contra a lei, sempre exigindo os nossos direitos sem ter medo de perseguição. Percebi que eu podia representar bem os companheiros. Não é uma tarefa fácil, porém é sempre gratificante batalhar em prol do funcionalismo da região.
8) Como é sua relação com a categoria e com a Administração?
Minha relação com a categoria é muito boa, pois temos um ótimo diálogo e parceria. Quanto à Administração, estamos iniciando um trabalho de aproximação. O novo Governo prometeu nos ouvir mais do que o anterior e estamos cobrando isso. Priorizamos o diálogo sempre. Estamos mostrando nossos projetos e dificuldades que precisam ser atendidas o quanto antes, como a data-base
e a negociação salarial. Lamentavelmente, o prefeito não mantém um diálogo permanente.
9) Como conheceu a Fesspmesp?
Através das minhas amigas de Martinopólis e Macaraí, Regina e Flávia, respectivamente. Elas me mostraram como a Fesspmesp pode ajudar e apoiar o Sindicato nos momentos mais turbulentos. É uma entidade que não para de lutar a favor dos Sindicatos filiados, não importa se são grandes
ou pequenos. Sempre ouço falar sobre como a Federação auxilia dando um suporte de qualidade. |
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| Diretoria do Sindicato foi reeleita recentemente e realiza um excelente trabalho a favor dos Servidores da cidade |
10) O que um dirigente sindical precisa ter na sua opinião?
O dirigente sindical precisa ter muita força de vontade e atitude para bater de frente com os coronéis que estão no comando das cidades pelo Brasil a fora e tirar todas as pedras do caminho para que exista progresso. A palavra "nunca" não pode estar empregada no dicionário de um dirigente que quer fazer a diferença. Além disso, o otimismo e a sabedoria são fundamentais nos dias de hoje.
11) Quais projetos futuros você pode destacar pelo Sindicato?
Nosso projeto futuro é conseguir construir casas populares para os Servidores que pagam aluguel ou moram de favor. Além disso, também pretendo estabelecer um convênio bom e forte para os associados, que precisam cuidar bem da saúde. Um pedido frequente da categoria é a
reformulação do Plano de Carreira, no momento estamos caminhando para conseguir esta conquista.
12) Como avalia o trabalho do presidente Aires e da Federação?
O presidente Aires tem uma enorme competência em sua atuação, principalmente quando o assunto é atender os Sindicatos necessitados, pois ele não mede esforços em atuar em prol da categoria e visitar as sedes para conhecer as dificuldades de cada entidade. Temos orgulho de fazer parte de uma Federação que está de parabéns pelo apoio e é presidida por um homem de palavra e decente.
13) Deixe uma palavra para os Servidores de Cândido Mota
Digo aos trabalhadores do município de Cândido Mota que confiem no seu Sindicato. Estamos lutando todos os dias para garantir conquistas e benefícios para a categoria, sempre em busca de um bom reajuste. Temos o suporte da maior Federação do Brasil e estaremos sempre lutando para melhorar a vida do Servidor. Estamos sempre de portas abertas para todos. Vale lembrar que a luta continua!
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| Um dos investimentos do sindicalista é em uma comunicação forte e bem próxima do Servidor de Cândido Mota |
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