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Entrevista |
São Paulo, 15 de agosto de 2017 |
ENTREVISTA - Marcelo Lucas Braga, de
Osasco: "Servidores, somos todos um só!"
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Marcelo Lucas exerce uma ótima gestão junto aos dirigentes do Sintrasp em prol do funcionalismo de Osasco
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Historiador de formação, militante do movimento popular e sindical, Marcelo Lucas Braga é diretor
da Pasta de Esportes do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos de Osasco e Cotia (Sintrasp). Desde 1995 é Servidor na Secretaria de Esportes. Além da paixão pela leitura, inicia
o desenvolvimento de atividades relacionadas em defesa das minorias, em especial dos negros.
Servidor concursado como mensageiro, Marcelo tem uma vida profissional totalmente voltada para
o sindicalismo. O dirigente concilia o trabalho, que sempre exige viagens e cursos, com os seus hobbies, como a leitura e a história do País. Nossa equipe de comunicação teve uma conversa sobre
a carreira do companheiro, sua tragetória de muitas lutas e você confere tudo na entrevista abaixo.
Veja abaixo nossa conversa com o líder de Osaco:
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Marcelo Lucas Braga é diretor da Pasta de
Esportes do Sintrasp e Servidor público desde
1995. Atua na defesa da categoria e minorias |
1) Quais profissões você exerceu antes de tornar-se Servidor da Prefeitura Municipal de Osasco?
Bom, comecei a trabalhar com 15 anos e meu primeiro emprego foi como ajudante em uma metalúrgica da indústria de molas. Depois me tornei office-boy externo em um escritório de cobranças e lá permaneci por alguns anos. Na sequência, trabalhei terceirizado no Banco Nacional no setor de arquivos. Por conta do fechamento do banco acabei saindo, mas adquiri conhecimentos no setor privado que trago comigo até hoje.
2) Por que decidiu se tornar Servidor público?
Em 1993, tomei conhecimento de que havia um concurso para a Prefeitura de Osasco e me inscrevi para o cargo, de Mensageiro. Com 22 anos já tinha o desejo de me tornar Servidor. Entrei na expectativa de que fosse possível me desenvolver dentro de um
Plano de Carreira. Depois, passei pela Pasta de Finanças e posteriormente me estabeleci no Esporte.
3) Qual é o maior desafio do funcionalismo?
Vivemos um momento complicado para os trabalhadores de todas as esferas no brasileiras, em especial dos Servidores municipais. Gestores mal preparados, arbitrários e sem compromisso com a valorização da categoria utilizaram do discurso da crise para consolidar a tentativa de retrocessos aos direitos conquistados do Servidor. E para combater essa situação é necessário
a participação mais efetiva da própria categoria.
4) Qual sua avaliação sobre a atual conjuntura política que o Brasil enfrenta?
Somos conduzidos por um grupo sem rumo e condições de governabilidade. A cada dia surgem
novos indícios de corrupção que, na prática, compromete a economia, amplia o desemprego e acaba com as perspectivas de vida melhor para a população. Pautas importantes para o desenvolvimento
do Brasil estão congeladas, já outras de interesses unilaterais são colocadas em votação. |
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| Recentemente, Marcelo representou o Sintrasp na greve geral em Osasco contra medidas do Governo Temer |
5) Na sua opinião, qual o papel das entidades sindicais para mudar esse cenário?
Apesar de já estar fazendo um trabalho de conscientização e mobilização, é preciso mais empenho para trazer os trabalhadores para as ruas. Se as massas forem às ruas e demonstrarem o seu descontentamento com o abandono da política, certamente nossos parlamentares vão se sentir acuados. Sobretudo, é necessário que as entidades falem a mesma língua. É o que está faltando.
6) O que falta para que o funcionalismo seja mais valorizado entre os trabalhadores?
A regulamentação de uma data-base para que o Servidor tenha assegurado seu direito a um
reajuste anual digno. Outro ponto importante é avançar na discussão do direito de greve da categoria, que está emperrado por conta da falta de concordância e vaidade das Centrais Sindicais.
É preciso olhar para o Servidor e ver que ele é uma das principais ferramentas de desenvolvimento.
7) A paixão pelos livros e sua formação de historiador ajudam na sua atuação sindical?
Sem dúvida. A formação de historiador atrelado com a quantidade de livros que já folheei, facilita a leitura do cenário e possibilita discussões mais produtivas. Na verdade, o conhecimento é um grande opositor dos maus governantes, pois a partir do momento em que o cidadão toma consciência de sua importância para a sociedade passa a representar um grande perigo para os desvirtuados.
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| Mobilizações, paralisações e eventos, em prol do trabalhador, contam com a presença ativa do companheiro |
8) Conte um pouco como é sua relação com o trabalhador na base do Sintrasp?
Nosso presidente Antônio Rodrigues dos Santos (Toninho do Caps) estimula um já recorrente hábito da diretoria, que é estar sempre na base em contato permanente com o Servidor. Lá, temos a real visão de o quanto é preciso apertar o cerco e lutar contra inúmeras intransigências. O prazer desse contato é o que nos faz lutar e buscar novos avanços e conquistas. Isso é tudo para um sindicalista.
9) Quais as perspectivas positivas para os Servidores de Osasco a longo prazo?
Ao longo dos últimos anos já conquistamos muitos benefícios para o setor. Vamos trabalhar com veemência para que seja implementado Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) para todos.
Em Osasco, apesar de passarmos por um momento delicado em que gostaríamos de apresentar
mais ganhos para o trabalhador, mantemos uma atuação pautada em defesa de todas as áreas.
10) Deixe uma mensagem para os Servidores de todo o País.
Companheiros, por sermos uma das maiores categorias do mundo, que é dos Servidores públicos, precisamos unir nossas forças para exigir direitos e conquistar o respeito que tanto merecemos. Sabemos que se não houver um trabalho conjunto temos muito a perder. Jamais podemos deixar
que retrocessos tragam desvalorização. Vamos avançar, afinal, Servidores, somos todos um só!
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| Simpatia e efetividade são qualidades que marcam a personalidade do dirigente o qual atua em prol da categoria |
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