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Entrevista São Paulo, 26 de outubro de 2017
ENTREVISTA - Iracema Horle, de Águas da
Prata: "Os desafios surgem para nos fortalecer"

ARQUIVO - Iracema recebe nosso líder Aires Ribeiro para a gravação do Presidente na Estrada no ano de 2016

A entrevista desta semana é com a presidente do Sindicato de Águas da Prata, Iracema da Silva Horle. Uma mulher batalhadora que construiu sua entidade sindical do zero, apenas com sua força de vontade. A Técnica de Segurança do Trabalho, nascida na capital de São Paulo, conta a sua luta e como é ser dirigente de uma entidade que nasceu há poucos anos, mas que já colhe conquistas.

Iracema é aposentada e casada há 25 anos com o Carlos Alvair Horle, com quem ela tem três filhos que herdaram a sua força de lutar: Paulo Ricado Horle, Guilherme Jorge Horle, Daniel Carlos Horle. Todos são graduados, graças à preocupação de mãe-coruja da dirigente em conseguir fornecer uma boa formação aos seus meninos. Veja o bate-papo com a guerreira e compartilhe com os colegas.

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA A SEGUIR

A dirigente Iracema da Silva Horla é fundadora
e presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Águas da Prata - Sinsemap
1) Como a sua família lida com a vida agitada que você leva como dirigente sindical?
No começo foi bem difícil, pois ninguém da família entendia sobre o funcionalismo e da sua importância. Aos poucos mostrei como devemos prezar pelos trabalhadores, não só municipais, mas de todas as áreas. Logo que comecei minha trajetória no Sindicato tive que aprender a dividir bem o meu tempo com minha família. Um dos meus filhos, o qual é funcionário da Prefeitura, me ajudou muito e hoje é um amigo de luta.

2) Como iniciou sua trajetória no funcionalismo?

Eu estava sem emprego e tive a oportunidade de ingressar como escriturária de uma escola da rede municipal. Gostei bastante e tive um aprendizado amplo que carrego comigo até hoje. Após um tempo abriu o concurso para Fiscal Sanitário. Passei e decidi me aventurar nesta nova área de conhecimento.

3) O que a motivou para se tornar Servidora?
Meu pai era Servidor público e nunca deixou faltar nada. Pelo contrário, ele era um homem esforçado que sempre batalhava pelos seus direitos. Percebi que o desemprego não era algo que o incomodava, pois ele sempre teve a segurança e estabilidade de seu trabalho. Ele me disse diversas vezes que o serviço público era bom, porque ele sempre podia contar com seu salário. Percebi que para conseguir criar os meus filhos com uma boa educação precisava de algo fixo assim como meu pai.

4) Ao assumir, qual foi sua percepção na prática do funcionalismo?
Aos poucos percebi como o Servidor não é valorizado de verdade por ninguém. Vemos como é difícil trabalhar sem os equipamentos certos e com falta de materiais primários. Mas também entendi que, por causa do tanto de críticas que a população deposita no funcionário, muitos acabam perdendo um pouco da fé em si mesmo, o que acarreta em trabalhadores que não possuem vontade de lutar por melhorias. Isso não pode acontecer. As pessoas que não lutam permanecem sem nenhum direito.


Iracema é aposentada e continua a dar continuidade no ótimo trabalho sindical dentro e fora da entidade

5) Como iniciou a fundação do Sindicato?
Devido a minha função como Fiscal muitos Servidores me procuravam para perguntar se as ações do prefeito estavam de acordo com a lei. Eu gostava muito de ler e comecei a interpretar a legislação para me instruir melhor sobre os trâmites da Prefeitura. Em Águas da Prata não tínhamos uma instituição que lutasse pelo bem-estar da categoria, o que não era algo bom. A cada prefeito novo que assumia, novas questões problemáticas surgiam. Com isso decidi abrir as portas do Sindicato da cidade.

6) Como é sua relação com a categoria e Administração?
Alimento uma relação tranquila com a categoria. Mostrei aos companheiros que o Sindicato é para ajudá-los com as dificuldades e aconselhá-los nos momentos difíceis. Aos poucos ganhei a confiança de grande parte do funcionalismo do município. Minha relação com a Administração não é algo engessado, muitas vezes conseguimos entrar em acordo e planejar juntos novas ações em prol dos trabalhadores. Mas, infelizmente, às vezes acabamos sem conseguir estabelecer um diálogo produtivo.

7) Quais desafios enfrenta na militância atualmente é como tenta resolvê-los?
Somos uma entidade nova que começa a caminhar com às próprias pernas agora. É muito difícil conseguir manter tudo o que conquistamos graças as diversas dificuldades que enfrentamos devido
a economia e a política defasada do Brasil. Ainda mostro aos companheiros o diferencial de estar associado à nossa instituição com pequenos gestos que fazem a diferença, como a singela confraternização do Dia do Trabalhador e do Dia do Servidor, além do sorteio de prêmio ocasional.

8) O que um dirigente sindical precisa ter na sua opinião?
O dirigente sindical precisa ter segurança do que fala, o dom de saber como passar informações
e conhecer bem todos os problemas que a categoria enfrenta. É necessário se locomover até a base
e mostrar que o trabalho do Sindicato é sério e produtivo. Também acho válido que um bom dirigente pesquise bem e leia sobre tudo o que acontece dentro e fora de seu município. Ninguém pode tirar a instrução de um homem que se dedica para conseguir atingir melhorias para a sociedade.


A dirigente participa efetivamente de ações pelo funcionalismo e mostra a força da mulher no mundo sindical

9) Quais projetos futuros você pode destacar pelo Sindicato?
Posso citar um projeto que caminha há seis anos. É o pedido de uma sessão da Prefeitura para estabelecermos uma sede. O jurídico da Administração já nos deu um retorno positivo quanto a
criação de uma lei para estruturarmos nossa sede da forma devida. Mas sabemos que agora o
município passa por um momento de crise e, por isso, aguardamos pacientemente por melhorias.

10) Como avalia o trabalho da diretoria da Federação?
Todas as dificuldades que eu passei, nestes seis anos de batalha, devido a problemas com as
antigas Administrações, a Fesspmesp me deu um apoio extremamente válido. E eu agradeço muito
por isso e pela ética da equipe. Neste tempo eu tive um diálogo muito bom com o Aires Ribeiro e com o Cláudio Aparecido dos Santos, conhecido como Ted. Nossa relação é produtiva e agradável.

11) Deixe uma palavra para os Servidores em comemoração ao Dia do Servidor (28).
Servidor, tudo o que for de seu direito, Sindicato encontrará uma maneira de chegar até você com maestria. Aproveite o seu dia com muita felicidade e celebre as conquistas deste ano. Não deixem as atrocidades do Governo Temer sucumbir a vontade de luta que está alojada dentro de cada companheiro. Vale lembrar que os desafios que aparecerem em nossos caminhos nos fortalecem!

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Dirigente é uma dos grandes nomes do funcionalismo municipal de Águas da Prata e exemplo de persistência

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