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Entrevista São Paulo, 23 de janeiro de 2018
ENTREVISTA - Márcio Ramos, de Monte Mor: "Não devemos ter medo de abrir as portas do Sindicato"

Márcio Ramos é o atual presidente interino do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Monte Mor

O bate-papo desta semana é com uma liderança rica em conhecimento e engajada pelo funcionalismo que representa. Conversamos com o companheiro Márcio Ramos, presidente interino do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Monte Mor. O sindicalista tem uma vasta carreira profissional e sindical e não lhe falta dedicação quando o assunto é lutar pelos direitos dos funcionários públicos.

Márcio é casado com Maria Vieira e pai de um filho, o Matheus Vieira. Nascido em uma uma família simples que ganhava a vida na lavoura, o companheiro traz consigo a importância do núcleo familiar para o bom dirigente sindical. Nas próximas linhas você confere mais sobre a história do companheiro .

CONFIRA ABAIXO A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

Há anos o sindicalista atua em prol da luta por
direitos no setor público. Mesmo antes de ser
Servidor, Márcio já participava da militância
1) Fale um pouco sobre você e suas origens?
Nasci em 1968 no município de São João de Iracema, na região de São José do Rio Preto. Filho de camponêses, minha família se mudou para Campinas em 1975 depois que meu pai perdeu a lavoura por dois anos consecutivos. Na época era difícil acessar o seguro agrícola e o Banco do Brasil não perdoou. Mais tarde, na CEBs - Comunidade Eclesial de Base na Igreja Católica e na PJE - Pastoral da Juventude Estudantil, fui coordenador de grupos de jovens. Militei no movimento secundarista na década de 80 e na fundação da Central dos Movimentos Populares em Campinas, Estadual e Nacional. Participei dos Conselhos Populares no Governo Jacó Bitar e no final da década de 80 dos movimentos de luta por moradia. Em 1992 iniciei o curso de Ciências Sociais pela PUC Campinas e realizei uma pós-gradação em Sociologia Urbana com Trabalho de Conclusão de Curso sobre a emancipação política de Hortolândia e o seu primeiro Governo.

2) Quais profissões já exerceu?
Fui Patrulheiro Mirim, trabalhei no setor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, na Indústria de Correntes IBAF e no Centro Comunitário São Pedro no Jardim Santa Lúcia que desenvolve projetos sociais com famílias de baixa renda. Quando estudante universitário lecionei nas escolas da rede pública estadual. Depois fui trabalhar na Prefeitura de Hortolândia no primeiro Governo pós-emancipação. Em 1997 fui assessor de gabinete e depois Secretário Legislativo da Câmara Municipal de Hortolândia. No início do ano de 2000 voltei para as escolas públicas estaduais de Hortolândia. Ingressei na Câmara Municipal de Monte Mor como Diretor Geral e em 2007 passei no concurso para Secretário Legislativo.

3) O que te motivou a se tornar Servidor?
Inicialmente por necessidade, quando fui lecionar e ainda era universitário. Depois em função da participação política, o que nos fez ocupar espaç para desenvolver projetos de interesse da classe trabalhadora. A busca da efetividade tem haver com a estabilidade e a possibilidade de agir nos serviços públicos numa perspectiva de gestão, aliando a política e o conhecimento técnico-científico.

4) Qual sua percepção quando assumiu o cargo no setor público?
Apesar das diferenças entre o trabalho na sala de aula, o de comissionado no Poder Executivo e depois como efetivo, na prática o Servidor está no meio do fogo cruzado entre os interesses políticos de quem comanda o órgão público e os usuários dos serviços que sempre esperam algo a mais daquilo que recebe. Em toda experiência, vejo Servidores comprometidos e para esses o acúmulo de tarefas, mas também há aqueles que procuram se ausentar ao máximo de suas responsabilidades.


Sempre presente nas ações sindicais, o dirigente se caracteriza por sua dedicação e empenho no trabalho

5) Como iniciou sua trajetória no Sindicato?
Luta sindical vem desde minha participação no grupo de jovens da Igreja Católica, quando apoiamos as greves históricas dos metalúrgicos de Campinas. Depois fui trabalhar no Sindicato dos metalúrgicos. Minha primeira experiência enquanto dirigente sindical foi em Hortolândia, mas renunciei ao cargo por profundas divergências na época. Ao assumir o cargo de Diretor da Câmara Municipal de Monte Mor, passei a motivar um grupo de Servidores que tinham tentado fundar o Sindicato na cidade e não haviam conseguido. Com a fundação do Sindsmor, fui fazer parte da diretoria.

6) Como se tornou dirigente no Sindicato? Como foi o processo?
No primeiro momento foi em função da fundação do Sindicato. Mas depois fui exonerado e fiquei oito anos fora da atividade em Monte Mor. Quando conquistei no Poder Judiciário o direito a reintegração foi no processo eleitoral. Fui convidado para retornar ao Sindicato para formação de uma chapa.

7) Quais desafios enfrenta na militância atualmente e como tenta resolvê-los?
O maior desafio atualmente é conquistar a confiança dos Servidores em torno da luta sindical. Procuro incentivar a participação e orientar que a razão de existir um Sindicato são os Servidores e a força depende da organização e participação da categoria nas atividades. Mas acredito que o mais importante é garantir aos trabalhadores o direito de decidir o caminho. A prática centralizada dos dirigentes sindicais e as ações de enfiar goela abaixo, afasta o Servidor. E quando ele aparece no Sindicato em função dos serviços e convênios apenas, a luta sindical fica fragilizada.

8) Quais projetos futuros você pode destacar pelo Sindicato?
Como no sindicalismo em geral, o Sindicato de Monte Mor também passa por uma crise de direção. O maior desafio nesse momento está na autossuficiência financeira e estrutural, conquistar a autorização real de uso da sede que está em área do município. Nós ocupamos um prédio abandonado. Mas o maior projeto é conseguir a organização sindical de base nos locais de trabalho.


Servidores de Monte Mor contam com uma liderança engajada na busca por melhorias concretas no setor

9) Como avalia o trabalho do presidente Aires e da Federação?
A Federação sob a presidência do companheiro Aires Ribeiro tem sido efetiva. Teve papel importante na conquista da nossa carta sindical no final de 2017. Por intermédio da Federação estar sempre presente, temos mais respaldo na atuação em busca de melhorias. O que falta na verdade é presença maior do nosso próprio Sindicato na Fesspmesp, pois a luta não se faz isoladamente.

10) Deixe uma palavra positiva para os Servidores de Monte Mor.
Não desanimar. Não deixar se pautar pela cultura do medo que está instalada nos órgãos da administração pública local. Acreditar no Sindicato, seu verdadeiro representante. Mas caso contrário, se não concorda com a direção atual, venha ser associado, organize uma oposição e venha disputar por dentro de sua entidade. Pode criticar a gestão, mas a entidade tem que ser defendida sempre, pois é uma ferramenta de organização e luta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

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Recentemente o presidente da Fesspmesp, Aires Ribeiro, entregou a Certidão Sindical aos diretores da entidade

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