Retomamos hoje, dia 24 de fevereiro, após o recesso de Carnaval, com o quadro Entrevistas da Fesspmesp. Nosso nono entrevistado é Edílson Humberto Lopes, o Ditinho, 49 anos, e sindicalista há quase dez anos. O companheiro é presidente do Sindicato dos Servidores de Boituva (STSPMB) desde sua fundação em 2006 e conselheiro fiscal da nossa Federação e da CSPM (Confederação dos Servidores Públicos Municipais).
Em 2015, Ditinho completa uma década e meia de serviço público. É pai de Ellen e Camila, suas alegrias e grande motivação. Seu cargo efetivo na administração é Motorista de Ambulância. Ditinho é muito querido entre os dirigentes da Fesspmesp, inclusive em sua cidade de atuação.
ACOMPANHE A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA E DIVULGUE:
1) Conte-nos como começou sua trajetória profissional.
Em 1999 fiz concurso e comecei minhas atividades como Motorista de Ambulância, dia 6 de março de 2000. De lá até a criação do Sindicato foram seis anos de trabalho sem o amparo de uma entidade representativa para o setor. Eu e meus companheiros Servidores éramos vítimas de decisões arbitrárias da administração. Foram anos de muito aprendizado, mas difíceis em termos de salário e benefícios para nós trabalhadores.
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Companheiro completa 10 anos de militância |
2) Como foi sua entrada no Sindicato?
Depois de seis anos de descaso e sem respeito por parte da administração, eu e um grupo de Servidores nos unimos para mudar a história. E conseguimos finalmente, em 25 de agosto de 2006, fundar o Sindicato. Sou presidente da entidade desde então, terminando meu segundo mandato este ano (são cinco anos para cada exercício). A documentação que legitima nossa entidade foi conquistada em 28 de outubro de 2007 com muito esforço.
Desde então temos exercido forte pressão para melhoria salarial dos Servidores e conseguimos fazer a diferença na vida deles. Fizemos o que muitos queriam mas não tinham coragem ou confiança. Montamos um grupo forte que representa de forma digna o trabalhador de Boituva.
3) Quais foram as principais dificuldades enfrentadas na empreitada?
Sem dúvida alguma, o mais difícil foi conseguir a confiança dos Servidores. Aqui em Boituva, assim como em muitos outros lugares do Brasil, os trabalhadores não veem com bons olhos as entidades sindicais. Sofremos preconceito, mas mostramos pra que viemos. Não nos intimidamos e colocamos "a cara pra bater". Percorremos a base para que conhecessem aqueles que estavam preocupados em melhorar o setor.
E o resultado não podia ser outro. Hoje temos 1.100 sócios que acreditam e investem em nosso trabalho. Em nove anos de atividade conseguimos construir uma entidade sólida, com nosso suor. Eu e a diretoria que me acompanha não poupamos esforços para ver isso acontecer. Atualmente, somos bem recebidos nos postos de trabalho, inclusive somos cobrados em muitos para acompanhar seus pedidos e fiscalizar a base. É motivo de muito orgulho para todos nós.
4) Qual ganho obtido pelo do Sindicato você pode destacar?
São muitos os ganhos, mas sem dúvida o que mais nos motiva é ter garantido ganho real no salário dos trabalhadores. Levando em conta só este nosso último mandato, de 2009 até agora, acumulamos um reajuste salarial de 52%. E o ganho real do Servidor neste mesmo período é de 22%. Índice acima de muitas cidades da nossa região.
Além de ganhos nos benefícios e na qualidade do ambiente de trabalho dos companheiros, conseguimos praticamente exterminar o assédio moral, que era uma constante em Boituva. Muitos encarregados se achavam superiores aos demais e abusavam do cargo. Com nossa chegada, a realidade agora é outra e vamos pra cima contra todo e qualquer desmando.
5) A aproximação com o Servidor impactou no aumento do número de sócios em pouco tempo. Como é hoje o trabalho de base?
Temos ido praticamente todos os dias na base visitar os companheiros. Ou seja, nossa aproximação com o Servidor é diária. Contínua. Eu, o Didi (José Edvaldo da Silva) e toda a equipe de dirigentes têm revezado para sair e colher propostas, apurar denúncias e combater desmandos.
Até aqui temos feito a diferença. Sabemos que é imprescindível estar próximo do Servidor e, para tanto, vamos até onde ele está. Também estimulamos que os trabalhadores venham até o Sindicato para conversarmos e para que saibam como está o andamento de projetos importantes para o setor.
6) Como você avalia o crescimento do Sindicato?
Temos mais de 1.100 sócios que fortalecem nossa luta. São Servidores que acreditam no trabalho do Sindicato e colaboram para que mantenhamos nossa estrutura. Crescemos bastante porque o funcionalismo acredita em nós. Somos mais fortes hoje porque a categoria está do nosso lado. Queremos fazer muito mais e tenho certeza de que alcançaremos maiores objetivos. Toda equipe está voltada para oferecer uma assistência total para amparar o trabalhador e isso tem feito a diferença nesse nosso trabalho.
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