A entrevistada da Fesspmesp da semana (7 de abril) é Marli Palmério. A companheira é diretora do SISMI (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itu) e coordenadora administrativa suplente da Fesspmesp. Marli tem 40 anos e três filhos: Rafael, Ana Paula e Mateus.
É dirigente sindical desde 2010 e lotada na pasta da Educação, como Professora. Palmério defende o trabalho de base e não abre mão do contato direto com o Servidor. A sindicalista defende o trabalho de formiguinha em prol da conscientização do Servidor de todo o estado de São Paulo, em especial o de Itu.
A entrevista está muito boa e vale a pena conferir.
CURTA! COMPARTILHE! DIVULGUE!
1) Como você iniciou sua carreira no serviço público?
Iniciei minha carreira no serviço público na prefeitura de Itu, em 2005. Sou uma pessoa persistente e acredito no funcionalismo público, apesar da desvalorização e falta de prioridades por parte das administrações municipais, isso, infelizmente, em todo País.
2) Por ser mulher, você já sofreu algum tipo de preconceito por parte dos dirigentes?
Sim já sofri preconceitos por parte de alguns dirigentes. Talvez, alguns deles, não conseguem perceber a verdadeira função de um dirigente sindical. Porém, tenho deixado isso para trás, porque tenho um foco na vida que é poder contribuir para o crescimento e o desenvolvimento do trabalhador. Não posso me abater se posso fazer a diferença!
|
Em 2015, Marli completa 10 anos de serviço público e o quinto ano de militância sindical |
3) Quais são os atuais desafios encontrados pelo dirigente sindical?
O Servidor, infelizmente, está desacreditado. Precisamos enquanto dirigentes sindicais conscientizá-los da importância da união da categoria e a força que o funcionalismo possui. Alguns administradores perseguem, assediam moralmente o trabalhador e, com isso, a categoria fica cada vez mais vulnerável.
4) Como sua família lida com sua agenda tumultuada? Eles te apoiam nas decisões?
No início, minha família não aceitava. Porém, com o tempo ela foi notando que eu precisava antes de tudo do apoio deles. Meus pais relutaram um pouco porque a imagem que tinham de Sindicato era que iriam me matar, bater e que eu iria presa. Meu pai ficava desesperado quando ia para algum movimento defender os interesses do Servidor.
5) Como é a relação do SISMI com a prefeitura?
Estou no Sindicato desde 2010. O SISMI tem uma postura de negociação e intermédio entre categoria e administração. Nunca entramos em choque, mas se preciso for iremos para o embate, porque existe um limite. Para cada ação existe uma reação. Deixo claro que meu compromisso é com a categoria.
6) Como avalia o trabalho de base do SISMI?
O trabalho de base é um trabalho árduo e pouco reconhecido. Porém, ele é gratificante. Porque nele podemos acompanhar, orientar e mostrar para categoria que o Sindicato não é omisso e que juntos podemos ir além. Gosto do trabalho de base e não abro mão do contato direto com o Servidor. |