O sindicalismo está cada vez mais repleto de novos dirigentes. A todo o momento novas ideias surgem de pessoas dispostas a renovar e ressuscitar entidades sindicais. E prova disso é Pontal, que desde 2014 conta com uma diretoria empenhada em resgatar o Sindsempo (Sindicato da categoria).
Ronaldo Donizeti de Lucca, 55 anos, é o atual presidente. O companheiro passa pelo seu maior desafio profissional em seus mais de 33 anos no serviço público. Agora, em junho, completa seu primeiro ano como líder máximo da entidade e vem desempenhando, juntamente com toda a equipe, um excelente trabalho.
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1) Como entrou no meio sindical?
Minha motivação sempre foi fazer o melhor no que me proponho a fazer. No serviço público, que estou há mais de 30 anos, nunca foi diferente. Sempre tive o desejo de conquistar maiores ganhos para meus companheiros. Não só na Guarda, mas em todos os setores. Procurei o Sindicato, mas não tive o apoio necessário. Foi aí que montei uma chapa para concorrer.
2) Conte um pouco sobre este processo.
Minha primeira tentativa ocorreu em 2001, quando perdemos por uma diferença de cinco votos. Foi muito válido, pois sentimos que a insatisfação dos Servidores com a antiga direção do Sindicato era real. Porém, ainda, não era o momento. Esperei um pouco mais, me instrui sobre o meio sindical e, finalmente, em 2014, conseguimos sair do pleito vitorioso. Nossa proposta de renovação e fortalecimento foi aceita pela categoria.
3) Quais foram os maiores desafios?
O Sindicato foi fundado em 26 de maio de 1990. Foram 24 anos de marasmo e de esquecimento da categoria. Nosso desafio foi e permanece sendo o de mudar essa história. Finalmente, existe uma diretoria compromissada com o funcionalismo. A prefeitura, até então acostumada com uma entidade fraca, se viu obrigada respeitar o Servidor. E os ganhos obtidos na nossa greve em novembro de 2014 provam isso.
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Ronaldo, presidente do Sindicato dos
Servidores de Pontal, tem 55 anos e atua
mais de 30 no serviço público municipal |
4) Como foi articulado o movimento?
Foram três dias de paralisação - 17, 18 e 19 de novembro. O ato foi necessário porque desde abril do ano passado a prefeitura não reajustava os salários dos Servidores. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas determinou o pagamento de um índice de 5,62%. A união da categoria garantiu também o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários). Pela a grave ser legítima, não houve desconto dos dias parados. Importante ressaltar que a Federação esteve presente, inclusive na pessoa de seu presidente, Aires Ribeiro.
5) Este ano a negociação foi mais amena?
Amena não foi não, mas não tivemos que parar. A prefeitura entendeu que agora o Sindicato está articulado para não ser intimidado. Conseguimos reajuste salarial de 8%, um dos mais altos da região e a troca da cesta-básica em espécie pelo cartão-alimentação, que representa um ganho de pelo menos R$ 50,00, sem nenhum desconto.
6) Quais mudanças concretas foram obtidas nas últimas negociações com a adminitração?
Conseguimos mudar o esquema de abonos que até então substituía o índice salarial anual. O abono foi e sempre será prejudicial, pois não garante quaisquer vantagens em outros benefícios, tão pouco contabiliza para cálculo do FGTS, INSS, adicional por tempo de serviço, sexta-parte e hora extra.
7) E os sócios já comentam sobre diferença da mudança do Sindicato?
Com certeza. Não só ampliamos os benefícios e vantagens oferecidas, como convênio médicos e parcerias com comércios locais, como estamos trazendo os companheiros cada vez mais para dentro do Sindicato. Nossa primeira Festa foi um sucesso. Os sócios puderam aproveitar um delicioso churrasco e concorreram diversos brindes. Tivemos mais de 500 Servidores presentes. |