A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iracemápolis* (Sindservi), Odila Cosenza Brandão, é a entrevistada da semana. A dirigente tem 73 anos é mãe de quatro filhos e avó de seis netos. Odila iniciou a vida pública há 34 anos e desde 2002 passou a dedicar-se à luta por direitos e melhores condições trabalhistas para a categoria.
Desde então são muitas as realizações e a entrevistada confessa o utópico, porém motivador desejo pela chegada do dia em que todos os funcionários receberão seus direitos e terão o devido reconhecimento por seu trabalho. Acompanhe a seguir o quarto Fesspmesp Entrevista, em que a presidente conta um pouco mais sobre sua dedicação ao funcionalismo público e sua trajetória para obter o sucesso junto aos companheiros.
LEIA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA. CURTA E COMPARTILHE!
1) Como se tornou funcionária pública?
Entrei na prefeitura há 34 anos. Na época ainda não existia concurso público e fui convidada a trabalhar em uma escola da região como Merendeira. O serviço era bem gratificante, no entanto não tínhamos muita voz junto ao poder público. Analisando algumas injustiças frequentes, passei a olhar o trabalho do Servidor de maneira mais crítica.
|
Presidente mantém planejamento em dia e foco nas negociações para conquistar ainda mais melhorias para o Servidor de Iracemápolis |
2) Como entrou no meio Sindical?
Entrei por acaso. Nem sabia o que era Sindicato naquela época, mas abracei a oportunidade de fazer algo que melhorasse a vida dos meus colegas. Desde então estou atuando frente ao Sindicato. Nem acredito, mas já se passaram 12 anos de muitas lutas, acompanhadas de muitas vitórias e alegrias.
Fomos perseverantes, já que começamos praticamente do zero, reabrindo a entidade em 2002 pelo simples fato de querermos ajudar o Servidor. Em 2008 e em 2012 concorri por uma chapa e venci; agora estamos na luta para o que der e vier.
3) Como resumiria sua caminhada no meio sindical?
Acho que foi uma caminhada tranquila. Tivemos sim, muitas lutas, mas não fazemos muita propaganda sobre nós, já que nosso foco é a defesa do funcionalismo. Ninguém da minha equipe busca promoção ou mérito por isso. Os resultados falam por si sós.
4) Quais são as principais mudanças realizadas?
Trouxemos o direito à licença-remunerada, três abonadas para os Servidores, prêmios de assiduidade que não existiam, ponto facultativo, vale-alimentação, plano funerário e benefício saúde com porcentagem, para pagar o plano do funcionário que hoje está em torno de R$ 72 por pessoa.
5) O que te faz ter forças para lutar cada vez mais?
Acredito que a força principal venha das pessoas boas que estão ao meu redor. Funciona mais ou menos assim: quando elas nos procuram, mostramos o trabalho efetivo desenvolvido pelo Sindicato e vendo precisão de nossos atos elas nos dão maior credibilidade. Assim, quanto mais a gente faz, mais o reconhecimento chega e, por consequência, mais a gente quer fazer.
6) O que foi mais difícil de enfrentar nestes anos?
O maior desafio até agora é atuar no desenvolvimento do Estatuto do Professor, pois essa classe trabalhadora precisa de um plano equipado em cima do plano federal. Para isso, estamos trabalhando na criação de uma comissão paralela que faça tal plano dar certo.
7) Como é a relação da entidade com a prefeitura?
Complicada, mas estamos vencendo. A equipe é "barra pesada", mas diante do diálogo e da conversação junto à força que a Federação dá para nós, estamos conseguindo superar estes problemas. Os desafios sempre existirão e mesmo que tivéssemos uma boa relação, acho que o Sindicato, pressionando em favor dos companheiros, nunca será bem quisto. Por isso investimos todos os esforços no bom diálogo.
|