Servidores mantêm greve e denunciam descaso da prefeitura de São Paulo

Servidores mantêm greve e denunciam descaso da prefeitura de São Paulo

Os servidores municipais de São Paulo decidiram manter a greve iniciada na segunda (4). A categoria realizou protesto em frente à sede da prefeitura, no Viaduto do Chá, Centro da capital paulista. De acordo com líderes do movimento, 63% dos serviços públicos prestados pelo município foram afetados no primeiro dia de paralisação.

A categoria pede a revogação da reforma da Previdência municipal, aprovada no final do ano passado, que aumenta o desconto previdenciário dos trabalhadores de 11% para 14%.

Durante o protesto de ontem, dirigentes tentaram uma audiência com o prefeito Bruno Covas, mas não foram recebidos. Em mensagem de WhatsApp, ele alegou que a prioridade era atender os estragos causados pelas fortes chuvas que caíram na madrugada.

A unidade dominou as falas de representantes das diversas categorias. “É uma alegria ver os servidores municipais unidos nessa luta. No dia 26 fomos pilhados em nossos direitos. Estamos juntos contra essa lei e pela valorização dos trabalhadores. Contem com os engenheiros”, afirma Carlos Hannickel, assessor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo.

A professora Margarida Prado Genofre, coordenadora do Fórum Sindical que reúne as entidades que representam o funcionalismo, destacou a adesão ao movimento no primeiro dia. “Escolas amanheceram fechadas, uma vez que os professores e corpo docente aderiram à paralisação. Os postos de saúde e hospitais estão com funcionamento alterado”, diz.

Segundo o presidente do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp), Luiz Carlos Ghilardi, a mobilização entre os educadores é grande.

Novo protesto – Assembleia realizada após o protesto decidiu marcar nova manifestação na quinta (7), às 14 horas, também em frente à prefeitura. Além disso, haverá no dia seguinte (8) atos regionais em diversos terminais, estações de trem e metrô na Capital, com panfletagem para esclarecer a população.

SampaPrev – A reforma institui um regime de previdência complementar aos novos servidores, que contribuirão com um fundo a ser gerido por uma empresa, a SampaPrev, deixando de contribuir progressivamente com o Instituto de Previdência Municipal (Iprem). A proposta abre caminho para a privatização do sistema de aposentadoria, favorecendo o sistema financeiro que fará a administração desses fundos.

Mais informações: www.sinpeem.com.br

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