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Entrevista São Paulo, 2 de fevereiro de 2016
ENTREVISTA - Dalva Oliveira, de São Roque: "Para defender o Servidor digo a verdade, doa a quem doer"

Dalva é uma parceira para todas as horas. É líder atuante em São Roque e ajuda os dirigentes de toda sua região

Relações são construídas com o tempo. No caso da nossa entrevistada de hoje (2) um tempo de mais de 30 anos. A companheira Dalva Domingues Oliveira conversou com nossa equipe sobre a fundação do Sindicato dos Servidores de São Roque, do qual ela é diretora. Ela realizou a fundação da entidade com outros 29 dirigentes em 22 de maio de 1992, mas já organizava movimentos em defesa da classe desde 1984.

Servidora há 37 anos, Dalva é viúva, mãe de quatro filhos e já tem nove netos que são sua grande alegria em meio a tantas lutas. Seu cargo na Administração é Técnica de Enfermagem. De maneira bem humorada e com intensidade ela contou sobre sua vida e principalmente sobre seu trabalho em prol do funcionalismo das cidades de São Roque, Ibiúna e Araçariguama.

Leia a seguir a entrevista na íntegra!

Dalva tem quatro filhos e nove netos que são
sua fonte de energia. Na defesa do Servidor não tem medo de cara feia e vai pra cima com tudo!
1) Nos conte um pouco sobre a história do Sindicato e sua fundação.
Eu e um grupo de Servidores já nos organizávamos desde 1984 para defender os interesses da categoria. Não chegamos nem a fundar uma associação, mas tentamos, de todas as formas, lutar pelo funcionalismo. Foi quando em 22 de maio de 1992 conseguimos realizar a fundação da entidade para definitivamente lutarmos pela categoria de forma reconhecida pela lei.

A fundação aconteceu na garagem da minha casa. Tudo era muito simples, pois estávamos dando início a uma nova era. Hoje temos muito a comemorar, pois nossos esforços deram frutos. Éramos 29, hoje apenas nove estão vivos. Mas o ideal, mesmo depois de 32 anos não se perdeu. Pelo contrário, ele ficou ainda mais forte e vivo dentro de cada um de nós.

2) O que mudou na vida do trabalhador?
Conseguimos que o reajuste salarial fosse aplicado todo ano de forma justa. Lutamos muito e conseguimos agregar o benefício da cesta básica em nossos vencimentos. Um pouco depois veio o ticket alimentação que representa uma economia significativa para o trabalhador na hora de se alimentar. Um ganho aos colaboradores que atuam de maneira correta - o que representa a maior parte de todo funcionalismo - é o prêmio assiduidade, que paga o valor de R$ 90,00/mês àqueles que não tiverem nenhuma falta.

3) Quanto aos problemas com a Administração, vocês têm ou já tiveram?

Infelizmente essa é nossa situação atual. Em todos estes anos nunca tivemos problemas para negociar benefícios e salários, mas o prefeito Daniel de Oliveira Costa quis mudar isso. Há um ano ele não nos recebe para negociar e com isso tem prejudicado os trabalhadores que deveriam ter recebido o reajuste salarial já na data base em janeiro. A intransigência desta gestão não será tolerada com o Sindicato calado. Temos nos movimentado e o apoio da Federação e da CSPM (Confederação dos Servidores) têm sido fundamental.

4) Qual o principal problema?
A Prefeitura quer dar um reajuste de 5% - menos da metade da inflação do período, que no acumulado ficou em 10,36%. Reivindicamos um reajuste de 11% que se equipara ao que a Administração deverá dar aos Professores de acordo com a lei federal. Nada mais justo do que esse índice ser aplicado também à categoria, pois contempla a perda salarial do último período. Se for preciso iremos para a justiça e começaremos uma greve geral. Iremos mostrar nosso valor.


A dirigente participa de diversos seminários para sua capacitação e de movimentos que defendem o trabalhador

5) Como tem sido o trabalho de base em meio a este movimento?
É um trabalho de formiguinha. Temos ido às rádios, jornais e postos de trabalho para informar ao trabalhador. Assembleias são constantes e dessa forma a voz do trabalhador nunca fica por último - é e sempre será a primeira. Estamos felizes com a adesão da categoria. Em nossa última assembleia em 29 de janeiro tivemos a participação de 1.263 Servidores. Isso porque nossa cidade tem 2.900 colaboradores no setor. Ou seja, a insatisfação é geral e estamos trabalhando forte para mudar isso.

6) E a adesão de sócios ao Sindicato tem crescido?

Muito. Grande parte da categoria é associada. Isso se deve também a grande lista de benefícios que oferecemos. São três opções de planos de saúde, três advogados que atendem causas trabalhistas gratuitamente para os associados, convênio odontológico e descontos exclusivos em comércios da região. Nossa sede também está muito bem localizada dentro do São Roque Shopping Center (rua Professor Germano Negrini, 150 - Centro, sala 74D).

7) O Sindicato também representa outras duas cidades: Ibiúna e Araçariguama. Como têm sido as coisas por lá?
Muito positivas. Para se ter uma ideia, Ibiúna, cuja data base é apenas em março, já conta desde janeiro com um reajuste salarial de 10% que negociamos com bastante antecedência. Subimos de nível vários segmentos que agora contam com melhores salários de acordo com sua função. Em Araçariguama também já definimos o reajuste em 10% desde novembro. A data base é em março, mês em que será aplicado o índice. A grande vitória, porém, está no fato do nosso prefeito estar extinguindo diversos cargos comissionados para poder dar este aumento e, muito em breve, o aumento de nível para diversos setores.


Dalva está todo dia em São Roque, Ibiúna e Araçariguama. "A rotina é intensa, mas muito gratificante", afirma

8) Como você se organiza para dar conta de tudo?
Tem dias que trabalho 18 horas. É uma grande responsabilidade que levo com muito amor pelo que faço. Sei que estamos fazendo a diferença e quero continuar por muito tempo ainda. Já presidi por duas vezes o Sindicato e hoje estou como diretora, justamente para novas ideias nos fazerem avançar ainda mais. A união de todos os dirigentes é um diferencial que faz nossa entidade ser forte e representativa. Sempre damos um jeito para conciliar tudo.

9) Deixe uma mensagem para os Servidores
Deixo um grande abraço para todos que tem perseverado por um funcionalismo forte. Tenham certeza de que não abaixaremos a cabeça um só momento para intransigências. São anos que estamos juntos e não esmureci uma só vez. Não será agora. Juntos nós somos fortes e sozinhos, apenas um. A lei nos dá direito ao reajuste e nós vamos alcançar o que buscamos. Vamos à luta, ao nosso destino, que tem tudo para ser vitorioso!

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Em 2013 o Sindicato se filiou à Federação para fortalecer sua luta. Parceria garante vitóritas para toda categoria

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