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Entrevista São Paulo, 12 de maio de 2015
Cláudia Adum, de Tatuí, afirma: "Meu objetivo
é ampliar ainda mais o espaço político da mulher"

Cláudia Adum com outras lideranças em Americana durante evento da Força Estadual. Estivemos em peso!

Iniciamos as entrevistas no mês de maio com a companheira Cláudia Adum, de Tatuí. Ela está à frente do Sindicato dos Servidores da cidade desde 2006. Seu cargo na administração é Professora de Educação Básica. Mãe de três filhos, Júlio César, Rodrigo e Jéssica, a sindicalista também coordenada a Secretaria da Mulher da Fesspmesp.

Exemplo de engajamento, ela está sempre presente nas eleições sindicais organizadas pela nossa equipe e dá todo suporte necessário. Cláudia também é responsável pela organização dos eventos voltados para a mulher. O último, realizado em agosto do ano passado (saiba mais aqui), contou com a presença de dezenas de lideranças femininas de todo Estado.

Acompanhe a entrevista na íntegra e compartilhe com os colegas!

1) Como iniciou sua carreira no serviço público?
Foi algo bem natural. Quase todas as mulheres da minha família se dedicam ao serviço público, Professoras em sua maioria. Meu avô dizia que ser Professora era um serviço para mulheres e encaminhou suas filhas para isso. O que aconteceu foi que nós, as filhas das filhas, seguimos o mesmo caminho.

A grande diferença dessa geração é que, mais do que por "tradição", nós optamos pela profissão pelo amor. Vimos no serviço público uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e fazer a diferença. O salário é muito pouco, nós sabemos, mas a motivação de ser importante para milhares de crianças em aprendizado, não tem preço.

2) Você já sofreu algum tipo de preconceito por parte de outros dirigentes?
Nunca é algo aberto. O preconceito contra a mulher não é escancarado. Se você notar, em quase todas as diretorias executivas das entidades existem mulheres. Mas em que cargos elas estão? Se elas não são as presidentes, normalmente estão em cargos sem muita expressão ou cargos de suplência, nunca em cargos de mando. A questão do empoderamento da mulher está ligada a dar oportunidades para que desenvolvam todo o seu potencial.

Meu objetivo é ampliar ainda mais o espaço político da mulher dentro da sociedade. Óbvio que a premissa do nosso trabalho dentro do Sindicato e da Federação é voltada para as sindicalistas. Mas dentro de partidos políticos, empresas privadas e organizações é preciso mudar o panorama e extinguir qualquer tipo de preconceito. Temos de ser exemplo. Isso eu falo para todas as companheiras do meu convívio.

Cláudia Adum é responsável pela Secretaria
da Mulher da nossa Federação - Saiba mais

3) Qual a sua avaliação sobre o aumento da participação feminina no meio sindical?
Outro dia estava lendo uma reportagem sobre a mulher no setor público. Ela dizia que a maioria dos Sindicatos do setor atualmente é presidida por mulheres. Hoje, na nossa Federação, as mulheres estão engajadas em todos os tipos de atividades: eleições; greves; paralisações; etc. Estamos inseridas também nas reuniões onde são decididos os rumos das entidades.

Apesar de não termos cargos, continuamos fazendo o trabalho da melhor e mais correta forma porque entendemos que cargo não é sinônimo de respeito. Isto nós conquistamos trabalhando e ganhando nosso espaço. Só de ver o quadro de entrevistas da Fesspmesp dá pra ver o quanto podemos aprender com a história de cada companheira.

4) Como sua família lida com sua agenda tumultuada? Eles te apoiam nas decisões?
Quando ingressei no movimento sindical já havia criado meus filhos. Eram quase adultos, portando, já cada qual com certa autonomia. Acredito que eles sentem minha ausência, mas entendem que agora estou vivendo um momento profissional meu e respeitam isso.

Até porque, neste momento, cada um está experimentando essa mesma oportunidade profissional cada qual de sua forma. Os demais familiares me apoiam totalmente e tenho certeza de que conto com o apoio de todos. O trabalho é árduo, mas sempre tenho tempo de visitá-los quando possível. O contato com a família é fundamental e não pode ser abandonado.

5) Como é a relação do seu Sindicato com a atual administração?
A relação é de respeito. É o máximo que uma dirigente pode esperar de um administrador. Se tivermos de ir às ruas porque o diálogo não flui, nós vamos. Nunca é fácil conversar com quem está disposto, muitas vezes, a só ver contas e contas e esquece que o Servidor precisa pagar as suas e carrega a cidade nas costas. No limite do possível, não tivemos grandes embates.

6) Quais os planos para o futuro? As próximas lutas?
A luta é diária e os planos são muitos. Meu sonho é construir um clube para o Servidor e as Casas Populares. Um condomínio só para Servidores. Também penso no crescimento e fortalecimento da Federação e na consolidação da CSPM (Confederação dos Servidores Públicos Municipais), tornando nossa categoria ainda mais organizada, forte e respeitada.





Cláudia Adum sempre presente em cursos, eleições, palestras, festa de Sindicatos, entre outras ações

7) Como avalia o trabalho de base do Sindicato?
Procuro atender todos os Servidores e estar próximo deles. Muitas vezes, eles só querem falar de seus problemas. É preciso dispensar nossa atenção e saber que nos importamos com ele. Um dirigente sindical não pode perder o foco no que realmente interessa, que é o bem-estar da classe trabalhadora. Eu e a diretoria da nossa entidade temos de garantir para eles benefícios e conquistas que façam diferença nas suas vidas.

8) Atualmente, o Brasil sofre com constantes manifestações. O que você tem a dizer sobre esses atos contra o governo?
Ir às ruas para protestar contra a corrupção é um motivo legítimo, só que temos que fazer um exame de consciência. Por que votamos nestas pessoas? Será que a nossa cultura corrupta não faz com que votemos sempre nas mesmas pessoas? Quando as pessoas precisam de um emprego, de uma consulta, de uma vaga em creche, qual é a primeira coisa que nos vem a cabeça? Enfrentar a fila ou arrumar alguém que dê um jeitinho?

E as consequências podem ser sentidas de imediato. Ficamos devendo favores e pagamos com nosso voto. Então vejo que corrupção, aqui no Brasil, é um problema cultural, e isso não se transforma através de educação básica, mas de caráter e de conhecimento político verdadeiro.

9) Deixe uma mensagem aos companheiros da família Fesspmesp.
Aos amigos da Federação eu deixo meu agradecimento pela parceria de todos esses anos e por estarem sempre presentes em tudo o que Tatuí precisou. Espero que nos próximos anos consigamos fortalecer cada vez mais nossa família e, através do nosso trabalho, apresentarmos resultados concretos de melhorias para o funcionalismo.

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Cláudia Adum com os companheiros Leme, Amaral (Itu), Ditinho e Didi (Boituva) - todos da região de Tatuí

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